Como fazer um packaging com cabeça – embalagens pré-cozinhados veegann

Numa agência a sério não se fazem caixas, faz-se packaging. À primeira vista pode parecer snob dizer isto assim (ah, e tal lá estão eles a armar-se com o inglês) mas é a verdade.

Uma caixa é apenas isso e o packaging é muito mais. É uma ferramenta de marketing, um suporte de veiculação da identidade, uma oportunidade de negócio. Abaixo analisamos 2 pormenores (ou pormaiores) que transformam uma caixa ou embalagem, num elemento de comunicação.

#1 - NADA É FRUTO DO ACASO – VALHA-NOS OS FOCUS GROUPS

Quando não se tem a certeza de alguma coisa o melhor que temos a fazer é perguntar a quem sabe e, neste caso, quem sabe é o consumidor.

Todas as escolhas, todas as decisões devem ter em atenção a forma como queremos que o consumidor perceba a nossa mensagem. Como ainda não somos videntes, a melhor forma de saber essas respostas é perguntando – e para isso é que existem os Focus Group.

Perguntar o que tem que ser perguntado a quem interessa perguntar

Num Focus Group juntamos um grupo de pessoas com determinadas características que sejam representativos do nosso público-alvo e fazemos todas as questões e mais algumas que nos possam ajudar a perceber e a antever a reacção do mercado ao nosso produto.

O segredo aqui está em saber interpretar as respostas e saber aplicá-las ao nosso produto e aqui entra o segundo pormenor que faz a diferença: o benchmarking.

#2 – BENCHMARKING – CONHECER PARA FAZER

O benchmarking é o equivalente a um disco de 500 Gb de informação compilada sobre a empresa, a marca, os concorrentes, o mercado, os clientes, os fornecedores, os produtos similares e complementares, etc.

São muitas horas a pesquisar a informação e outras tantas a analisar a mesma e a tirar as conclusões necessárias para saber o caminho a seguir.

O Focus Group é essencial mas só por si não é suficiente. Dão uma enorme ajuda ao nos deixar saber o que o consumidor quer, mas sozinhos não definem o layout, nem tomam decisões. É preciso ter uma visão geral de todas as variáveis (custos, concorrência, logística, comunicação…) para efectivamente fazer o trabalho.

O benchmarking permite-nos ter um real conhecimento das empresas, do mercado, da concorrência, etc. É saber o estado da arte e onde estamos para poder traçar um caminho certo para onde queremos ir.

PORMENORES QUE SÃO PORMAIORES – PACKAGING VEEGANN

Um pequeno problema numa corda de um violino e a música jamais sairá perfeita. O belo só nasce quando as mais ínfimas subtilezas se conjugam. Temos ideias megalómanas, originais, outras vezes comuns, mas existe sempre algo para o qual canalizamos a nossa criatividade – os pormenores.

Mas o objectivo de tudo isto não é fazer com que o trabalho pareça melhor ou pior, mais ou menos bonito. Estes pormenores são muitas vezes o que fazem com que o trabalho tenha ou não sucesso, seja mais ou menos eficaz e definem se a empresa ganha ou perde dinheiro. Para mim isso é não é um pormenor, é um PORMAIOR.

No caso da VEEGANN todo as decisões tiveram o Focus Group e o benchmarking como ponto de partida. Da marca ao packaging, das imagens aos conteúdos nada ficou por validar e não hesitamos em voltar um passo atrás se isso significasse dar dois em frente.

Foi exactamente isso que acontecer quando o slogan/assinatura inicial definido para a marca foi desacreditado pelos consumidores, por razões que nem nos tinham passado pela cabeça. Corrigida a questão, foi possível encontrar uma assinatura que traduz melhor o sentimento do consumidor, tornando a comunicação mais próxima e efectiva.

Ao longo do processo testámos e validámos:

> as imagens e o design das embalagens

> as cores utilizadas, tendo havido uma evolução significativa

> os conteúdos e a sua importância e destaque a ter na embalagem